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Descrição

BIOGRAFIA

Filho do comerciante Daniel Eduardo de Figueiredo e Feliciana Cirne, Pedro Américo foi irmão do também pintor Francisco Aurélio de Figueiredo e Melo.

Sua família era ligada às artes, ainda que não possuíssem muitos recursos, e desde cedo encontrou em casa o estímulo necessário ao desenvolvimento de um talento precoce. O pai era violinista e o introduziu na música, além de iniciá-lo no desenho apresentando-lhe livros sobre artistas célebres.

Pedro Américo desenhava muito bem e logo a fama do pequeno prodígio se espalhou pela cidade. Quando uma expedição científica ali chegou em 1852, seu organizador, o naturalista Louis Jacques Brunet, foi visitá-lo e pôde apreciar uma série de cópias de obras clássicas realizadas pelo menino, que não havia completado ainda dez anos de idade.

Querendo testá-lo para comprovar a habilidade que se apregoava, arranjou uns objetos e fez Pedro Américo desenhá-los em sua presença, e ele os reproduziu com grande semelhança. Impressionado, Brunet decidiu contratá-lo como desenhista da expedição, de maneira que o pequeno artista acompanhou o francês por uma viagem de vinte meses cruzando boa parte do nordeste brasileiro.
Em 1854, com apenas onze anos, provido de várias cartas de recomendação, foi admitido na Academia Imperial de Belas Artes (AIBA), no Rio de Janeiro, mas não pôde começar de imediato. Passou antes uma temporada no Colégio Pedro II, estudando latim, francês, português, aritmética, desenho e música, destacando-se entre os colegas por sua aplicação e inteligência.

Ingressando em 1856 no curso de Desenho Industrial da Academia, seu progresso foi igualmente brilhante, conquistando 15 medalhas em desenho, geometria e modelo vivo, sendo apelidado de "papa-medalhas" pelo diretor da instituição, o artista e erudito Manuel de Araújo Porto-Alegre, que seria uma influência importante sobre ele, e seu futuro sogro.

Mesmo antes de terminar o curso obteve uma pensão do imperador Dom Pedro II para ir se aperfeiçoar na Europa. Pouco antes de embarcar, manifestou-se uma doença diagnosticada como "cólica de chumbo", supostamente uma intoxicação pelas tintas que usava, e que o acompanharia por toda a vida.

Depois de uma viagem penosa e acidentada, chegou em Paris em meados de maio de 1859. Imediatamente, vasculhou os museus, monumentos, palácios e galerias de arte da cidade.

Ao mesmo tempo, matriculou-se na Escola Nacional Superior de Belas Artes, sendo discípulo de Ingres, Léon Cogniet, Hippolyte Flandrin e Sébastien-Melchior Cornu.[
Pelo seu contrato de bolsa ele deveria obedecer rigorosamente à disciplina da academia e enviar regularmente trabalhos para o Brasil a fim de atestar seus progressos, incluindo estudos de modelo vivo e cópias de obras de mestres consagrados] entre eles Guido Reni (O rapto de Dejanira) e Théodore Géricault (Naufrágio da fragata Medusa). Ganhou dois prêmios de primeira classe, mas não se interessava pelos grandes salões acadêmicos, que ele considerava pouco representativos.

Como ele alimentava outros interesses culturais além da arte, durante sua estadia estudou também no Instituto de Física de Adolphe Ganot, no Curso de Arqueologia de Charles Ernest Beulé, bacharelou-se em Ciências Sociais na Sorbonne, aprofundando-se em arquitetura, teologia, literatura e filosofia, e assistiu aulas de Victor Cousin, Claude Bernard e Michael Faraday no Colégio de França e no Conservatório de Artes e Ofícios.
Neste período escreveu muitos ensaios sobre as relações entre a arte, a ciência e o progresso social, tema em que defenderia sua tese. Em 1862 dirigiu-se à Bélgica, matriculando-se na Universidade Livre de Bruxelas, mas pouco frequentando as aulas.

Todos esses estudos marcaram profundamente o seu caráter e o seu pensamento, passando a se dedicar aos estudos clássicos e se preocupar com a responsabilidade civil do artista e seu compromisso político. Ali começou a organizar sua filosofia sintética, onde as artes eram, para ele, as verdadeiras promotoras do progresso social, e deveriam ser cultivadas sobre uma matriz humanista, espelhando-se no exemplo dos gregos clássicos e dos renascentistas.

Nesta época também visitou o Salão dos Recusados, em Paris, onde expuseram artistas que permaneciam à margem do circuito oficial.

Pedro Américo deixou uma produção significativa, mas pouco estudada, permanecendo à sombra das suas realizações históricas. Esta parte de sua obra foi severamente criticada pelos modernos por encontrarem nela excessos de sentimentalismo e intelectualismo, que o teriam levado à afetação e à artificialidade. Tais ataques lhe imprimiram marca tão negativa que até hoje esta produção em grande parte está esquecida ou é menosprezada

Código do produto: 1D4AD64

Adicionado em: 12/11/2023

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