A cada período de tempo eu preciso fazer um Olho Grego. Esse precisar é meu, uma espécie de pausa onde retorno para um lugar familiar e seguro.

Já mencionei o quanto gosto de símbolos, de tentar entendê-los, de saber sua missão, de saber do poder que nós lhes conferimos. Claro que cada pessoa se relaciona de uma maneira com isso. Eu os vejo como um lembrete de nossa própria força. Quando tudo vai mal, quando nos sentimos incapazes de dar mais um passo adiante, um símbolo pode nos lembrar que já passamos por isso outras vezes e continuamos aqui, caminhando sobre um chão sólido e que nossas pernas tem a exata força que precisamos. Quando as sombras se avolumam sobre nossa alma fragilizada, um símbolo nos recorda que existe uma luz dentro de nós que nunca se apaga. Quando embaralhamos nossas pegadas e estamos perdidos, um símbolo é a seta que nos aponta a direção, que nos faz erguer a cabeça para avistar o destino. Quem faz somos nós. Mas o símbolo nos recorda de que podemos fazer.

O Olho Grego, segundo sua tradição, fala principalmente sobre proteção.
Este fiz sobre um prato de cerâmica que mede um pouco mais de 25 cm de diâmetro. O mosaico foi feito na parte côncava do prato. Usei pastilhas do tipo pigmentada, do tipo lisa e do tipo cristal, além de gemas de vidro. O rejunte é da cor cinza grafite. A parte aparente da cerâmica pintei de dourado. É uma peça robusta, que pesa 1.585g, e pode ser usada sobre um suporte ou como centro de mesa. Além conferir um toque de cores vibrantes ao ambiente, o Olho Grego é um lembrete de que a força que há em você é capaz de protege-la.